domingo, 25 de dezembro de 2011

OS ARI(ÂNUS) CELESTIAIS DANDO SEU PRIMEIRO AR DE GRAÇA

Aí segue-se um dos vários trabalhos de um grupo de artistas arianos que estão botando pra fuder, produzindo muita arte, inclusive  alguns zines  e livros estão pra sair. O Molho Livre irá registrar tudo:
Gozo completo, eterno e sobrenatural

(Por Anna Alchuffi, Ana Cristina Violeta, Diego El Khouri e André Seltz: os Ari(ânus) Celestiais:

As minhas entranhas se aquecem e me aquecem

como se fossem vinho quente
e meu corpo fica vivo quando estou contigo
produzindo orgasmo
e o líquido que sinto querer sair
faz fluir em mim com energia magnífica e magnética
levando-me de encontro ao êxtase da loucura e da luxúria

É que me completando contigo e deixando que você se complete comigo
chegamos ao cume do êxtase transcendental
gozo completo, eterno e sobrenatural
no qual nos diluímos e nos fundimos
nos tornando parte do todo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NO ZOOLÓGICO - REFLEXÃO III

 (Por Ivan Silva)

Sabrina.
Que Sabrina?
Não tem mais vergonha? Sem-vergonha... "Eu não tenho mais vergonha", e ainda repete em voz alta. Essa frase do eu não é uma forma de analisar a ficção? O sujeito, o criado, a invenção... ficar fora de si... fugir de si... da realidade?!
Esse eu me parece muito um corpo fechado, uma prisão. Casulo que "nos salta aos olhos", arrombado e visível. Vazio?!
Plágio e déjà vi... ridículo, quase nunca se vê a tempo.
Nesse fugir de si, surge uma paciência, uma calma, uma preocupação estranha consigo mesmo.
Egoísmo da pior espécie! Entre a vida e a morte.
Frágil... não sei se para o eu faz diferença... mas no zoológico há um jardim, um jardim cheio de flores; plantas, ovos, lagartas, casulos e... terrível!
O colecionador de borboletas com sua rede se aproxima.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MACACO DE BOM HUMOR-REFLEXÃO II

(Por Ivan Silva)

Esquece Lucy e Molly... Vamos falar de Sabrina. Sabrina é aprendiz de feiticeira, e acha que me conhece e que pode ler meus pensamentos. Sem sombra de duvidas... mas por que para ela homem é tudo igual? Ainda bem que nem todas as mulheres são como ela. Já pensou se fossem?! Todas iam rir da minha cara a tapa, da minha perturbação, da minha bunda, das minhas duvidas, dos meus protestos, das minhas pinturas, da minha música, dos meus versos... minha arte... poesia! Tudo que restou de mim. Nenhuma delas ia perceber que levo até o ato de cagar a sério. Há dias, feito um lobisomem, feito um louco, encaro a lua redondamente brilhante. E não sei dizer se ela é cheia ou se é vazia. Sim, todos os homens são iguais! A tela luminosa de um computador... é cheia ou vazia? Ora, a lua, essa é natural, esse não, esse é o satélite mais artificial da terra! Piso nele ao invés de pisar nela. Puta aprendiz de feiticeira, rabuda gostosa, musa de série. Sou viajante clandentisno, poeta que peida no buraco negro do abismo. Sabrina está muito enganada se pensou me matar de vergonha. Eu não tenho mais vergonha.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

REFLEXÃO I

(Por Ivan Silva)

Lucy é uma criança de seis anos. Ela gosta de assistir TV e de se espelhar na nova boneca Molly. TV qualquer um sabe o que é, não sabe? Bom, mais adiante explico. Molly é uma boneca sapeca, moderna, que tem voz e até musiquinha. Deram até mais vida a essa danada, pondo nela um mecanismo: o de beber o que está em estado líquido e fazer xixi. Lucy adora isso, na cabeça dela ela quer muito a boneca. O pai e a mãe de Lucy... ah, eles a amam! Compram tudo o que ela diz que quer. Agora mesmo, por exemplo, saíram para comprar essa Molly, é mole? Deixaram Lucy sozinha... Querem dar a ela tudo o que não tiveram um dia. Se Lucy corre perigo com a ausência dos dois? Não sei, "melhor só do que em má companhia", mas seu pai e sua mãe esfriam o sangue dizendo que a TV é uma ótima babá. E mais, para eles Lucy e Molly são uma só! Ambas adoram TV!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CAVALO DE TRÓIA

(Por Ivan Silva)

Chitá! Chitá! Chitá! Chitá!
Quanto mais Ele bate mais o outro corre.
É o Senhor e seu animal...
Cavalo manso que
acostumou-se com o prazer do Carrasco.
E bom nome esse último tem!
Uns até dizem que o Senhor Carrasco Ferradura deu sorte.
Mas chicoteando o pobre animal, que não pára e vai em direção ao abismo,
mostra-se insatisfeito e brada:
--Por Zeus! Preferia o de antigamente.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O COVEIRO

(Por Ivan Silva)

“Baudelaire me cavou uma cova profunda”
Nessa intriga o advogado aparece.
Defensivo, junto ao juiz de outras tumbas
E vão se ostentando as calunias.

“As flores do mal são terríveis de prova”
E o cenário despenca um gemido.
“Os tonéis são de fundo finitos”
E o ódio duvida e vacila a certeza.

O belo se horripila nos olhos.
As pupilas queimam tamanha frieza
“Onde está afinal essa espúria de cova?”

E a paisagem se entra em discórdia.
“Baudelaire coveiro dos malditos!”
E entra pela boca o verme dos ouvidos.

domingo, 4 de dezembro de 2011

TROVADOR

(Por Ivan Silva)

sobre minha cabeça
uma nuvem descarregada paira
e vai mudando
transformando-se em
cão
algodão............................doce
de seio
boca
Santa Teresa de Bernini em êxtase!
anjo
de Aleijadinho
coração que bate em outra.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Noite enrugada

(Por Ivan Silva)

Acordei
e vi a porta aberta:

ela foi esperta...